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Cupins

Sem beleza natural e dotados de um vôo descompassado e sem graça ao redor de um ponto luminoso, as formas aladas dos cupins se mostram nos ambientes formando grandes nuvens, geralmente ao entardecer dos dias ensolarados em algumas épocas do ano. Aparentemente inofensivos, perdem as asas, caem no solo, juntam-se em pares e iniciam a busca em alguma parte do ambiente humano para a construção de um novo ninho. Já estabelecidos, copulam e a fêmea realiza a primeira postura. A partir daí, iniciam a demonstração do fantástico potencial de organização social, gerando castas com indivíduos morfologicamente diferenciados em operários, soldados, reis e rainhas, que irão desenvolver funções específicas. Os operários são os indivíduos encarregados da construção e da manutenção do ninho e das galerias ou túneis de forrageamento. Entretanto, a principal função desta casta é buscar no ambiente a celulose, sua única fonte alimentar, preparar e oferecê-la a todos os indivíduos da colônia. Os soldados têm a única função de realizar a proteção do ninho e de todos os demais membros da colônia. Os reis e as rainhas são as castas sexuadas necessárias à reprodução e, consequentemente, à perpetuação da espécie. No desempenho das funções, os operários são considerados os grandes inimigos do homem, pois na busca da celulose, principal fonte alimentar destes insetos, causam sérios prejuízos econômicos e imensuráveis perdas à memória humana. A grande maioria das espécies de cupins não são consideradas nocivas, pois têm a responsabilidade ecológica de realizar, de forma acelerada, o processo de decomposição dos vegetais que, naturalmente, morrem em seus ambientes. Degradando a celulose, os cupins têm a oportunidade de devolver ao ambiente os sais minerais e outros elementos necessários à fertilização do solo, contribuindo desta forma para o surgimento e o desenvolvimento de novos vegetais e da manutenção saudável da vegetação já existente. Entretanto, algumas espécies exóticas e confinadas no ambiente urbano causam irreparáveis prejuízos ao homem:

 

Coptotermes gestroi, popularmente denominado cupim subterrâneo, é uma espécie que possui hábitos extremamente agressivos, atacando o madeirame estrutural e peças de madeira que estão em contato direto com a alvenaria. Suas colônias são numerosas, possuindo centenas de milhares de indivíduos e geralmente constroem seus ninhos em locais inacessíveis ou, pode-se dizer, imperceptíveis à visão e até mesmo ao entendimento humano.

 

Coptotermes brevis, ou mais conhecidos como cupins de madeira seca, também possuem um grande potencial de destruição. Suas colônias são pouco numerosas, formadas por algumas centenas de indivíduos. Usualmente constroem os ninhos na própria peça de madeira que infestam. A concentração de vários ninhos numa mesma peça pode resultar em destruição total da estrutura. São comumente encontrados em mobiliários antigos, livros, tecidos, quadros, obras de arte e qualquer estrutura de constituição celulósica.

 

Heterotermes assu, também conhecidos como cupins subterrâneos pela semelhança comportamental com o grupo dos Coptotermes, mas diferenciam-se por serem menos agressivos no processo destrutivo.

 

Nasutitermes sp ou denominados popularmente cupins arbóreos, representados por espécies nativas e exóticas. Muito pouco se conhece sobre a bioecologia deste grupo nos ambientes urbanos, onde já estão se manifestando com muitos registros de danos às edificações, principalmente quando localizadas perto de florestas ou de áreas sombreadas. Constroem galerias ou túneis bem visíveis, que se destacam nas superfícies por apresentar uma coloração bem escura. Geralmente permitem a visualização de seus ninhos que possuem grandes dimensões e situam-se em postes, cercas, árvores e vãos estruturais.

Os isópteros (Isoptera) são uma ordem de insetos eusociais, conhecida popularmente como cupim (no Brasil), térmite ou térmita (em Portugal), salalé (em Angola) e muchém (em Moçambique). Com cerca de 2.800 espécies catalogadas no mundo, esses insetos são notórios por sua importância econômica como pragas de madeira e de outros materiais celulósicos, ou ainda pragas agrícolas, entretanto, apenas cerca de 10% das espécies conhecidas estão registradas como tal.Em número de espécies, a ordem Isoptera deve ser considerada intermediária entre os insetos, já em termos de biomassa e abundância, os cupins apresentam enorme significância e podem ser comparados às formigas, minhocas, mamíferos herbívoros das savanas africanas ou seres humanos, por exemplo, e estão entre os mais abundantes invertebrados de solo de ecossistemas tropicais. Esta grande abundância dos cupins nos ecossistemas, aliada à existência de diferentes simbiontes, confere a estes insetos a possibilidade de desempenhar papéis como o de "super decompositores" e auxiliares no balanço Carbono-Nitrogênio (Higashi & Abe, 1997).

Cupim de solo:

A colônia pode ser policálica, ou seja, que ocupa varios "ninhos" (estruturas indenpendentes), vários deles desprovidos de reprodutores sendo chamados "ninhos secundarios ou subsidiários". É frequente encontrar esses ninhos nas construções, inclusive com presença de jovens, porém não é tão fácil encontrar o ninho central com o par de reprodutores primários. Esta espécie ataca madeiras usadas em construção, mobiliários e outros materiais celulósicos.

  
Cupim de madeira:

Como em outras espécies do gênero, as colônias estabelecidas em peças mais longas de madeira, as galerias, as geladeiras e as cavidades (câmaras) estendem-se na direção das fibras e dispõem-se mais ou menos concentricamente, segundo os anéis de crescimento, quando existem. As passagens entre câmaras são bem estreitas, mas as paredes vão sendo corroídas e as câmaras, então aumentadas, podem estar vazias ou repletas de glãndulos fecais que constituem o famoso "pó de cupim". Este grânulo terá cor diferente dependendo da madeira consumida, pois é o resto do processo digestivo. O pó de formato granuloso típico nos cupins de madeira seca, não deve ser confundido com o pó finíssimo, parecendo talco, expelido por espécies de besouros também xilófagos, chamados popularmente de "brocas". Enquanto o interior é conssumido, a superfície da madeira permanece intacta, podendo ficar apenas um finíssima camada facilmente perfurada com a pressão de um dedo. Na superfície de uma peça infestada, há sempre pequenos orifícios circulares por onde os cupins eliminam os grânulos fecais, não de forma contínua, mas intermitentemente. Também por estas aberturas podem sair alados na ocasião das revoadas.

 

 

Procedimentos

 

Recomendamos que crianças e animais domésticos permaneçam ausente durante o tratamento e pós tratamento por período de 24 horas, em caso de pessoas alérgicas recomenda-se permanecer ausente por período maior de tempo.

 A permanencia de pessoas no local  dependerá do tamanho e local a ser tratado, estas observações serão passadas ao cliente pelo operador técnico durante visita de monitoramento no local.

 

Tratamento de armários:

 

Os objetos de seu interior devem ser retirados, havendo locais com sinteco ou pintura recente o serviço só poderá ser realizado após 30 dias da aplicação.

Convém manter as portas do armário tratado fechadas por 24 horas, havendo tapetes, quadros,espelhos,acrílicos ou  plantas próximo ao local a ser tratado , solicitams que sejam removidos.

Após 3 horas o armário tratado poderá ser limpo com pano úmido.

 

 

Tratamento em alvenaria, telhado e solo:

 

Normalmente se faz necessário que os ocupantes do local a ser tratado estejam ausente durante o tratamento e possívelmente por período de 24 horas após serem realizados todos os procedimentos, estas circunstancialidades serão informadas ao cliente durante visita técnica ao local da infestação. 

 

 

Como prevenir

 

Preferir a utilização de madeiras naturalmente inatacáveis por cupins, tais como: peroba do campo, peroba rosa, jacarandá, pau ferro, braúna, gonçalo alves, sucupira, copaíba, orelha de moça, roxinho e maçaranduba;Colocar telas com malha de 1,6 mm em portas, janelas, basculantes e outras aberturas para evitar a entrada de cupins, durante as revoadas nupciais;Evitar estocagem inadequada de madeiras e seus derivados em locais úmidos;Vistoriar periodicamente, rodapés, forros, armários, estantes, esquadrias e outras estruturas de madeira, a fim de detectar qualquer início de infestação, facilitando o controle;Retirar o madeiramento de obras imediatamente após o seu término, a fim de evitar possíveis infestações no imóvel;Retirar e destruir madeiras infestadas, preferencialmente queimando-as em lugares adequados.Usar, sempre que possível, estantes metálicas em bibliotecas e arquivos;Consertar vazamentos da rede hidráulica, evitando que o local fique vulnerável à ação dos cupins.

 

 

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